quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Amor e a Morte

Lá pelas bandas do Facebook...

"Os que tiverem que me amar, que o façam agora, hoje. Porque amanhã, quando meu corpo estiver inerte sobre um leito, ou sobre uma bancada inox qualquer, com o coração repousado, incapaz de amar ou desprezar, seu choro e seu lamento
de nada servirão. Os que se mantiveram distantes, e choraram por cães abandonados, por árvores derrubadas, por ídolos da TV, por leite derramado, enquanto eu sorria, enquanto eu era feliz, enquanto eu escrevia, eu opinava, eu delivara, na morte eu quero a maior distância disponível pelo desconhecido. Depois de morto, esses eu quero que vão para a puta que pariu e que deixem este também filho da puta em paz. Porque se assim não o fizerem, entendam, onde quer que eu esteja, quer seja no céu, ou no inferno, ou em algum lugar entre um e outro, ou em lugar algum, ainda assim eu ligarei meu smartphone e, devidamente conectado ao Wi-Fi da área de não-fumantes - porque com fumantes eu não serei simpático nem morto - corrigirei seus erros de português nas redes sociais, morrendo de rir da cara de pamonha de todos vocês!"

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