quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz 2010


(Clique na imagem para ampliar).

São os primeiros minutos do dia 30 de dezembro de 2009. E venho aqui, certamente pela última vez antes que 2010 seja corrente, não para rasgar o verbo, criticar, levantar ou arriar bandeira... Não, não. Eu somente tenho motivos para agradecer.

Foi um ano diferente pra mim...

Comecei a faculdade de Sistemas de Computação, fui menos ateu e mais político. Fui um leitor disciplinado, mais inclinado para famosos escritores sul-americamos. Escrevi o que me deu na telha, inclusive um diário na Internet, sem assinatura. Fiz várias viagens ao cinema, sendo quase todas por causa de um belo roteiro. Também assisti bons DVDs, tanto na TV quanto no laptop. Em alguns momentos fui insultado, mas enquanto eu verdadeiramente queria dar as costas, insultei de volta para me arrepender depois.

Mas o medo da morte foi sensação que me acompanhou por algumas semanas e que mais me marcou no ano. A pressão arterial nas alturas cumpriu o seu papel e me tirou do chão... Acordei algumas vezes no meio na noite acreditando ter chegado o fim. A dor no peito, por vezes, foi a lenha da fogueira da minha insônia. Passou.

Ano que vem... Em 2010 quero passar o meu aniversário em Roma. Beber um vinho na velha Europa. Mas antes, quero passar uns dias em Paris e flertar com a Mona Lisa del Giocondo. Assim, não passam de março os meu planos. O resto, vejo depois.

Quero agradecer aos meus amigos, aos queridos amigos, pelo 2009. Quero agradecer a uma querida e especial amiga. Quero agradecer por estar vivo, por sentir os perfumes, os sabores, as texturas, os sons, as cores da vida. Quero agradecer por ter, a cada dia, uma nova oportunidade.

Feliz 2010! Saúde!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Sobre o Sean Goldman


(Clique na imagem para ampliar).

Eu sempre admirei o Luciano Huck e o Otávio Mesquita. No microblog Twitter, @huckluciano e @otaviomesquita, respectivamente. E digo que os dois são bem diferentes no que se refere às suas posturas frente aos telespectadores, admiradores, fãs e críticos. Nesse caso, não cabe, ao menos, comentários.

Ontem, dia de Natal, entretanto, a opinião igual dessas duas "celebridades" sobre o caso Sean Goldman ligou o meu alerta sobre onde tenho pisado. O ministro Gilmar Mendes, por sua decisão, foi alvo de duras críticas dessas figuras da nossa televisão e que o Twitter permitiu que trouxéssemos para nosso convívio mais cotidiano.

Ou seja, para eles a situação deveria ter permanecido como estava. O pai nos EUA e o filho com o padrasto e a família da mãe falecida. E mais ainda: defendem a tese de que o judiciário deveria ter ouvido o Sean para, então, bater o martelo.

Vou concluir e não me estender. Em uma separação, se os pais vão à justiça por causa da guarda dos filhos, acho certo que uma criança de 9 anos seja ouvida. E ainda assim não acredito que a escolha dela possa ser considerada na hora da decisão. Mas que sirva, apenas, como elemento de ponderação.

Entretanto, o ministro Gilmar Mendes não decidiu entre conceder a guarda do filho a um pai ou uma mãe. A mãe é falecida, o pai é capaz e ponto final. Essa seria a minha decisão, mas eu não sou juiz. Não sou juiz, repito, mas tenho opinião. E essa minha opinião deixa de lado, porque não podem ser levados em consideração, nem por mim nem pela justiça, vários fatores secundários. Em primeiro lugar vem o bem estar da criança. O poder familiar, antes chamado de pátrio poder, deve ser exercido por ambos os pais. Na falta de um, o outro o exerce. Não há o que se discutir.

Agora, se eu resolvo ficar emocionado, também, penso: e se eu fosse o pai? Independente de qualquer coisa, trata-se do futuro do meu filho. Meu filho órfão de mãe.

Não acredito nisso, mas os dois "televisivos" demonstraram não conhecer o início da história, quando Sean tinha 4 anos de idade e a mãe veio de férias para o Brasil. Já aqui, ligou para o Sr. Goldman e avisou que não voltariam ao EUA, nem ela nem o filho. Acho que todos sabemos o nome disso. (Alguém não sabe?)

Entre muitas incertezas não figura a que pessoas públicas devem agir sempre com responsabilidade. Formadores de opinião não podem e não devem ser levianos, dentre tantas outras coisas. E assim são os meus dois "followings". O Luciano Huck, então, com mais de 1,5 milhão de seguidores no Twitter, sabe, penso, que se aparecer no Caldeirão com uma calça boca de sino e um sapato cavalo da aço, essa será a moda da estação.

Ao Luciano Huck e Otávio Mesquita, como fã dos dois que sou, digo que o meu "follow" continua. Mas nossas relações estão estremecidas. Não sou mais um seguidor cego. Não sou mais um fã plus.

Para ilustrar, Gerald Thomas fala sobre o caso Sean, em março de 2009. Leia. Pense.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Nota de Falecimento

Todos estamos sentidos e nos solidarizamos com a dor do nosso amigo Beto que, ontem, 8 de dezembro, perdeu seu irmão.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Depois Que a Bola Rolou...


(Clique na imagem para ampliar).

Todas as torcidas reunidas no "Ninho do Urubu" na última rodada do Brasileirão 2009.

Chegou dezembro e a bola não rola mais. O Ninho do Urubu do Beto volta a ser somente dele e de sua família. Porque durante todo o ano sua casa é invadida por componentes das quatro mais tradicionais torcidas do Rio. Lá, nos sentimos em casa. Somos bem recebidos, bem tratados; às vezes xingados, sacaneados; ficamos e somos exaltados; também exaltamos. A verdade é que lá somos felizes o ano inteiro. No empate, até na derrota e... Na vitória!

O churrasco e a cerveja acompanham os Primeiro e Segundo Turnos do Estadual, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e, para coroar, o Brasileirão.


Flamengo, Campeão Brasileiro de 2009!

Em 2009 acompanhamos o sétimo Campeonato Brasileiro disputado no sistema de pontos corridos, instituído desde 2003. E não canso de dizer que, assim, a vitória é sempre por mérito do campeão, que merece todas as honras. Falar isso parece chover no molhado... mas não é. Nesse sistema, não restam dúvidas que ganha sempre o melhor. E, neste ano que finda, o melhor foi o Flamengo. Flamengo, (hexa?) campeão!

Foi um campeonato empolgante, equilibrado, acirrado, onde o campeão Flamengo, na metade da disputa, estava perdido lá pelo meio da tabela de classificação. Onde houve alternância na liderança ainda entre Inter, São Paulo e Atlético Mineiro. Onde o Palmeiras, que se manteve líder por várias rodadas, sequer conseguiu uma vaga para a Libertadores 2010. Onde o Fluminense, depois de ter, matematicamente, 98% de probabilidade de ser rebaixado para a segunda divisão, deu a volta por cima e se manteve na elite em 2010.

Parabéns ao Flamengo e à sua grande e bela torcida.


Falando da Parte de Baixo da Tabela...

Enquanto o Fluminense, no primeiro turno, fez apresentações sofríveis, o Botafogo, durante todo o campeonato, foi inconstante e desanimador, vencendo alguns jogos difíceis fora de casa e perdendo partidas no Engenhão. O Bota sofreu com a falta de opções no banco e com contusões de seus principais jogadores. Assim, a zona de rebaixamento foi, até o final, a realidade das Laranjeiras e o pesadelo de General Severiano. A recuperação do Flu, em uma maravihosa arrancada, coincidiu com a volta de Fred à equipe. o Bota se manteve na Série A graças às duas belas vitórias sobre os paulistas, no Engenhão, acabando com as aspirações do São Paulo e do Palmeiras.

E ainda sobre o Bota, não vou me estender falando dos diversos erros de arbitragem que, indiscutivelmente, prejudicaram o time. E por falar em arbitragem, considero um dos pontos negativos de 2009.

Não devemos nem podemos desanimar. Ficamos felizes por poder dizer que, em 2010, estaremos, de novo, na luta. Mas não precisamos nem podemos comemorar como a torcida do Flamengo, a torcida do time campeão. Temos que cobrar empenho da diretoria no sentido de montar um time que não dependa, EXCLUSIVAMENTE, de 8, 9, 10, 11 jogadores. Ser titular, entrar jogando, deve ser motivo de disputa. Um treinador tem que ter dificuldade na hora da escalação, não por falta, mas por excesso de valores individuais.

No final, foram rebaixados Coritiba, Santo André, Náutico e Sport.

E assim, equanto a mão amiga de um era a pedra na chuteira do outro, no final, alegrias e tristezas.


A Vitória dos Cariocas

Estou aqui abrindo um parágrafo para fazer um protesto. Os comentaristas esportivos, quando falam dos times do Rio, ficam assim, meio de lado para a câmera. Se é no rádio, parace que o microfone não está ao alcance do locutor. Penso que, se o programa é regional, não precisam nem falar se não quiserem. Mas se é em rede nacional, precisam esquecer que são torecedores e respeitar todas as agremiações do Brasil.

Então, não posso esconder a minha satisfação com o papel do Rio no Brasileirão 2009. Flamengo campeão. Botafogo e Fluminense no páreo. Vasco de volta à elite em 2010. E os paulistas e paulistanos, gaúchos e mineiros chupando dedo.


A vergonha do Coritiba

Enquanto o mundo inteiro pede paz, uma parte da torcida do Coritiba vira bicho, voraz, insano, porque o time não foi capaz de evitar o rebaixamento para a Série B.

A selvageria que vimos pela TV é tão somente uma amostra do que pode acontecer, e acontece, em qualquer capital brasileira, em qualquer jogo pelo Brasil.

Manter os animais enjaulados, enquanto nas cidades, é responsabilidade dos dirigentes dos zoológicos e das autoridades do legislativo, do executivo e do judiciário. E pior que animais são aqueles seres que vimos armados de paus e pedras, atacando quem aparecia pela frente, polícia, bandido, torcedor.

Segurança é um dever do Estado.


A Lei, os Direitos e os Deveres do Torcedor

Em 15 de Maio de 2003, o Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 10.671 que dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor.

E diz o seu Artigo Primeiro: "Este Estatuto estabelece normas de proteção e defesa do torcedor". O que quer dizer que todo torcedor que se sentir, de alguma maneira, atingido nos seus direitos , não só pode como deve cobrá-los na justiça. E o desrespeito, percebo, acontece em todo e qualquer jogo nos estaduais e no brasileirão.

Posso, sem delongas, levantar algumas questões, para exemplificar.

O Art. 14 diz que "a responsabilidade pela segurança do torcedor em evento esportivo é da entidade de prática desportiva detentora do mando de jogo e de seus dirigentes". No caso do último jogo do Coritiba, por exemplo, se algum torcedor sofreu dano, ou assim considera, pode acionar a agremiação e seus dirigentes na justiça.

Ainda, eles têm que,

- contratar seguro de acidentes pessoais para o torcedor portador do ingresso, válido a partir da sua entrada no estádio;

- disponibilizar 1 ambulância, 1 médico e 2 enfermeiros para cada 10.000 torcedores. Ou seja, em um jogo com 78.000 torcedores, serão 8 ambulâncias, 8 médicos e 16 enfermeiros; etc.

O Art. 18 diz que "os estádios com capacidade superior a 20.000 pessoas deverão manter central técnica de informações, com infra-estrutura suficiente para viabilizar monitoramento por imagem do público presente".

O Couto Pereira tem essa infra? É obrigado a ter. Essas imagens podem ajudar a identificar os animais que promoveram a selvageria no jogo do Fluminense.

O Engenhão tem? O Maracanã tem? O Morumbi tem? O Mineirão tem?


E, em 2010, vamos torcer, vibrar, respeitar os nossos semelhantes e cobrar nossos direitos!