sábado, 26 de dezembro de 2009

Sobre o Sean Goldman


(Clique na imagem para ampliar).

Eu sempre admirei o Luciano Huck e o Otávio Mesquita. No microblog Twitter, @huckluciano e @otaviomesquita, respectivamente. E digo que os dois são bem diferentes no que se refere às suas posturas frente aos telespectadores, admiradores, fãs e críticos. Nesse caso, não cabe, ao menos, comentários.

Ontem, dia de Natal, entretanto, a opinião igual dessas duas "celebridades" sobre o caso Sean Goldman ligou o meu alerta sobre onde tenho pisado. O ministro Gilmar Mendes, por sua decisão, foi alvo de duras críticas dessas figuras da nossa televisão e que o Twitter permitiu que trouxéssemos para nosso convívio mais cotidiano.

Ou seja, para eles a situação deveria ter permanecido como estava. O pai nos EUA e o filho com o padrasto e a família da mãe falecida. E mais ainda: defendem a tese de que o judiciário deveria ter ouvido o Sean para, então, bater o martelo.

Vou concluir e não me estender. Em uma separação, se os pais vão à justiça por causa da guarda dos filhos, acho certo que uma criança de 9 anos seja ouvida. E ainda assim não acredito que a escolha dela possa ser considerada na hora da decisão. Mas que sirva, apenas, como elemento de ponderação.

Entretanto, o ministro Gilmar Mendes não decidiu entre conceder a guarda do filho a um pai ou uma mãe. A mãe é falecida, o pai é capaz e ponto final. Essa seria a minha decisão, mas eu não sou juiz. Não sou juiz, repito, mas tenho opinião. E essa minha opinião deixa de lado, porque não podem ser levados em consideração, nem por mim nem pela justiça, vários fatores secundários. Em primeiro lugar vem o bem estar da criança. O poder familiar, antes chamado de pátrio poder, deve ser exercido por ambos os pais. Na falta de um, o outro o exerce. Não há o que se discutir.

Agora, se eu resolvo ficar emocionado, também, penso: e se eu fosse o pai? Independente de qualquer coisa, trata-se do futuro do meu filho. Meu filho órfão de mãe.

Não acredito nisso, mas os dois "televisivos" demonstraram não conhecer o início da história, quando Sean tinha 4 anos de idade e a mãe veio de férias para o Brasil. Já aqui, ligou para o Sr. Goldman e avisou que não voltariam ao EUA, nem ela nem o filho. Acho que todos sabemos o nome disso. (Alguém não sabe?)

Entre muitas incertezas não figura a que pessoas públicas devem agir sempre com responsabilidade. Formadores de opinião não podem e não devem ser levianos, dentre tantas outras coisas. E assim são os meus dois "followings". O Luciano Huck, então, com mais de 1,5 milhão de seguidores no Twitter, sabe, penso, que se aparecer no Caldeirão com uma calça boca de sino e um sapato cavalo da aço, essa será a moda da estação.

Ao Luciano Huck e Otávio Mesquita, como fã dos dois que sou, digo que o meu "follow" continua. Mas nossas relações estão estremecidas. Não sou mais um seguidor cego. Não sou mais um fã plus.

Para ilustrar, Gerald Thomas fala sobre o caso Sean, em março de 2009. Leia. Pense.

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