terça-feira, 6 de outubro de 2009

Rio 2016, 2017, 2018...


Eu não posso negar e não pude esconder a emoção. Afinal de contas, o Rio de Janeiro é ali do outro lado da Baía de Guanabara... não são os 50 km do Canal da Mancha, ora bolas! Torci pelo Rio e vibrei com sua vitória olímpica! Durante os próximos sete anos, uma parte do mundo terá sua atenção voltada para o nosso país. Em 2016, na cerimônia de abertura, serão mais de 1 bilhão (ou 15% da população mundial) de telespectadores mundo afora. Diversos povos e culturas ligados no Rio de Janeiro, a terra do samba, do futebol e da tocha olímpica. O país das mulheres bonitas e da gente simpática e hospitaleira será o centro das atenções.

Mas...

A escolha do Rio, fruto do trabalho e união dos governos municipal, estadual e federal, faz a gente refletir e bater em uma mesma tecla: quando se quer e trabalha bem, se consegue.

Está na hora de o Estado definir estratégias na área social como metas olímpicas. Inclusive, para podermos mostrar a cara do Brasil no quadro de medalhas nas olimpíadas que em sete anos realizaremos. Nós somos a 10ª economia mundial. Precisamos reverter essa posição, o status que ela nos dá, em benefício daqueles que, diariamente, suam a camisa nos campos, nas construções, nas fábricas, nos salões dos restaurantes, ao volante de um ônibus, na portaria de um prédio, nas casas das madames e em tantas outras atividades em todas as regiões do país.

A vitória do Rio mostra a verdade sobre os nossos governantes. Não precisamos dizer para eles o que é necessidade. O que é prioridade. O que o Estado tem por obrigação e compromisso com o povo. Eles sabem o que e o como fazer. E se não o fazem é porque não há vontade política. Nós temos sim, que cobrar, cobrar sempre, cobrar todos dias das nossas vidas. E, se ainda assim, não houver resultado, na hora certa, trocamos as peças. Arriscamos.

Até os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016 serão três eleições. Teremos oportunidade de mexer nos legislativo e executivo das três instâncias. Já em 2010, e depois em 2014, presidente, governadores, deputados estaduais, federais e senadores. Em 2012 prefeitos e vereadores. Precisamos fazer a nossa parte. É nosso dever cívico excluir do cenário político a figura que dá as costas para a sociedade que a elegeu representante.

Sim, nós podemos! Mais ainda: nós devemos! Os nossos governantes são responsabilidade nossa. O nosso futuro e o futuro dos nossos descendentes estão nas nossas mãos e nas mãos daqueles que escolhemos para defender os nossos interesses. O nosso voto é como uma procuração com plenos poderes políticos. E somente nomeamos procuradores pessoas da nossa confiança.

Assim, seremos, sempre, Ouro, Prata e Bronze.

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