segunda-feira, 3 de maio de 2010

Rio de Janeiro, RJ



Aeroporto de grande porte não é, definitivamente, um ambiente acolhedor. O aço inox, o ar condicionado central, escadas e esteiras rolantes blindam o ambiente e parecem forçar a exclusão daqueles que estão de passagem, quer estejam partindo, quer chegando. Talvez seja esse o motivo... os viajantes se apressam em deixá-lo, em passos curtos mas acelerados. Raro é avistar alguém trafegando calmamente com seu carrinho de bagagens pelos largos corredores. Os que partem mantém no rosto sempre uma expressão angustiada, como se estivessem sendo perseguidos. Mesmo em viagens de férias, não é comum sorriso no rosto de alguém em fila de despacho de bagagem e checkin. Os que chegam não veem a hora de respirar o ar lá de fora e de deixar aquele ambiente quase hostil.

Voos são como noivas... é estranho e questionável se não atrasam. Não parece ser bom presságio. Entrando no avião, a sensação, então, é de que você é a noiva. Os que estão sentados ficam olhando até você encontrar o assento e abrir o porta bagagem. Mas, se é um dos primeiros, então, muito pior. Uma noiva em uma igreja vazia, sem convidados, sem padrinho, sem padre e, como um cataclisma, sem noivo. Coroinhas na entrada, somente.

Ele e sua minha amiga estabeleceram os horários e cumpriram todos. Ligou para a companhia de táxi e pediu que fosse pontual. Chegaram ao Galeão com pouco mais de duas horas de antecedência. Depois do checkin feito, foram para a área de restaurantes e relaxaram até a hora do embarque. Sem contratempos. Próxima parada: Miami. Então, novamente tensão na hora da imigração. Mas, por enquanto, era hora de curtir o voo noturno. Cruzariam o Brasil de sul para norte, a divisa entre Colômbia e Venezuela, Jamaica e Cuba, no Caribe, até tocarem o solo novamente.

Se alguém levar em consideração o significado do mês de agosto, não marca uma viagem de férias. Mas algumas coisas foram determinantes. O clima dessa época em Nova Iorque, que favorece às caminhadas, aos passeios a pé. Temperatura amena com alguns dias quentes. Céu claro. Roupas leves. O custo da viagem, entre passagens e estadia. A valorização do Real em relação ao Dólar. Estava decidido: agosto de 2008.

Não foi necessária qualquer visita a uma agência de viagens. Tudo pela Internet. Também pela Internet comprou o CityPass, que possibilita visita aos mais importantes pontos turísticos da cidade, como Empire State, museus, Ellis Island e Estátua da Liberdade, além de uma volta inteira, de barco, ao redor da Ilha de Manhattan. Também pela Internet comprou ingressos para Xanadu, um show da Broadway.

Nova Iorque não era um sonho somente seu. Mas ele estaria realizando ainda naquele ano. E o roteiro teria uma particularidade.

Dois anos antes, havia conhecido, também pela Internet, uma brasileira, então cidadã americana, radicalizada em Tampa, FL. Ela veio ao Rio, onde morava sua mãe, pelo menos duas vezes. A intimidade entre eles foi instantânea. Pareciam amigos de décadas. E isso simplificava um monte de coisas. E complicava mais um outro monte. Desde o primeiro encontro, ela insistia para que ele fosse visitá-la na Flórida. Chegou, durante um tempo, a sugerir que fosse e não voltasse mais. Que se mudasse definitivamente, ficasse com ela.

Ela não sabia... não existia, no mundo, mulher ou terra capaz de afastá-lo do seus amores: suas duas filhas e Niterói, sua cidade.

Segue...

Miami, FL

New York, NY

Houston, TX (St. Louis, MO)

Tampa, FL

Miami, FL

Sao Paulo, SP

Rio de Janeiro, RJ

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