terça-feira, 8 de abril de 2008

Há mais de ano...


Ontem assisti ao filme “Vinícius”. Não tenho argumentos para explicar o motivo pelo qual vinha adiando esse prazer.

Quando criança, no almoço de domingo, minha avó separava para mim o coração da galinha. E eu deixava a iguaria no prato para saborear por último. Faço isso, até hoje, com a gema do ovo frito. E assim, deixo o clímax da minha refeição para o fim, onde qualquer semelhança é mera coincidência. Pode ser o mesmo motivo... Mas teria sido, ontem, o fim de quê?...

Foram cento e dez minutos de pura emoção. Eu sempre me emocionei com seus poemas e suas músicas. Eu sempre admirei seu modo de vida. Sempre me encantei com suas fraquezas... Claro que o documentário é uma visão romântica, muito breve, do que foi e fez Vinícius de Moraes. Eu tenho certeza de que a sua trajetória, nua e crua, deve emocionar muito mais.

Sempre digo que se eu não fosse eu e pudesse escolher ser outra pessoa, desejaria ser o Vinícius. Posso concluir... Tenho estado certo nesse meu devaneio. Talvez mudasse apenas uma coisa... Mas essa é outra história.

Em 29 de janeiro de 2007.

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