terça-feira, 14 de julho de 2009

Florzinha - Remake



Caros,

Valho-me do presente como esclarecimento. Serei tão direto que abro mão de rascunho e digito diretamente na caixa de postagem. E versam estes minguados parágrafos sobre "Florzinha". Não sobre a minha querida e charmosinha menina flor, Florzinha, mas o texto do dia 29 de junho.

Engraçados foram os telefonemas que recebi. Senti-me como um politizado escritor contemporâneo do Gal. Emílio Garrastazu Médici. Mas, se esse fosse o caso, a censura tardia teria, e tem, efeito nulo de valor. Ressalte-se que não existe impresso, quer seja um jornal, ou uma revista, ou um livro, com tiragem que possa ser comparada à disponibilidade de acesso que tem qualquer texto perdido na grande rede.

Então, aos que sugeriram-me a retirada do ar de "Florzinha", sinto-me no dever de informar que uma operação dessa monta é fadada ao insucesso e, por sua magnitude, não vale à pena, sequer, tentar. Porque não trata-se somente de recolher a informação, mas de inviabilizar o canal. E isso se manifestaria como censura póstuma, reintegração da não liberdade de expressão após a expressão ou, simplesmente, porra-louquismo. Em qualquer dos casos, sem resultados práticos.

Dessa forma, queridos, vou, ingenuamente, reinventar os fatos. Creio que, assim, cobrirei de romantismo a cagada toda. E vamos poder continuar respirando nesse ambiente, sem que precisemos torcer o nariz para o cheiro exalado. Será uma merda maquiada e suficientemente borrifada de água de flores. Afinal, precisamos ocupar nosso espaço divíduo em uma sociedade civilizada, harmônica, de relações corteses, onde pintamos de branco a merda que nos atola até o pescoço, adicionamos essências diversas e mudamos seu nome de cocô para creme hidratante. Mas essa mudança drástica fica para amanhã. Ou quem sabe, depois.

Sinceramente,

O Protagonista
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